sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Amplificadores X Emuladores

   No meio do audio em geral existem vários assuntos polêmicos com discussões intermináveis em fóruns e redes sociais, onde cada um defende sua tese e opinião com unhas e dentes. Existem muitas vertentes e opiniões adversar de ambos os lados, e como não existe certo e errado, as discussões nunca terminam. 

   Em primeiro lugar disparado vem a guerra mortal entre Mac x Pc, e logo em seguida, esse assunto que vou abordar agora, que é Amplificadores x Emuladores, ou real x virtual.. Que com certeza já fez parte do mundo de todos os guitarristas de hoje em dia.




                                                              X



   Eu não tenho opinião formada sobre esse assunto, mas como criei esse blog para esclarecer algumas dúvidas recorrentes e informar,  vou escrever pra vocês o meu parecer sobre o mesmo, já que tenho experiências constantes com ambos os equipamentos porque sou guitarrista !

   A simulação de gabinete (que foi o principio da emulação de amplificadores) já existia nas pedaleiras mais modernas do final dos anos 80 e início de 90, mas ainda era uma tecnologia muito primária e a maioria dos guitarristas não dava muita importância a ela. Até que em 2001 a Line6 lança o POD 2.0 que deixou muita gente curiosa e espantada. O POD era um equipamento de mesa (não era uma pedaleira, mas com opção de se conectar um footswitch), com os controles de um amplificador e um botão giratório onde você podia escolher entre os mais variados amplificadores da atualidade. Surpreendentemente o som já chegava pronto e lindo seja ele plugado em um amp ou direto na mesa de som !!



    E logo apareceram outros concorrentes oferecendo a mesma proposta. Dentre eles o Behringer V-Amp que era uma cópia um pouco mais frágil estruturalmente mas não menos poderosa no quesito sonoridade. O V-Amp era vendido com footswitch + bag para transporte pela metade do preço do POD (que vinha sem bag e foot), com isso acabou virando uma febre entre os guitarristas da época. 








   Mas antes de dar as minhas considerações a respeito tenho que falar rapidamente dos plug-ins, que são emuladores virtuais para computadores. Mais utilizados em estúdio, basta você instalar o software no seu sistema e ter o mundo inteiro dos amplificadores e pedais a alguns cliques do seu mouse. Alguns dos modelos mais conhecidos são o Amplitube e o Guitar Rig.





   Agora sim já começando a expor alguns pontos de vista, eu acho que o primeiro deles a ser falado é a diferença entre se trabalhar com esses equipamentos ao vivo e em estúdio. 
   
   Falando de som ao vivo, eu como guitarrista não posso negar que, plugar uma Les Paul em um Amp Marshall valvulado com duas caixas 4x12 empilhadas, mandar volume e drive, e tocar um daqueles "power cords", e sentir toda aquela pressão sonora ali na sua frente é muito bom. E com certeza quem é guitarrista a 20 anos e sempre tocou dessa maneira vai sentir muita dificuldade em usar um simulador em linha (direto na mesa), escutar sua guitarra saindo no retorno normal de palco, e ser 'controlada' por um operador de som. 


   De contra partira o operador de PA quase sempre vai preferir o simulador, já que (se bem regulado pelo guitarrista) o som que vai chegar pra ele é idêntico a o de um amplificador microfonado, porém muito mais limpo, já que o sinal passa por menos equipamentos e cabeamento. 
   




   E em estúdio a situação é parecida. Usando algum modelo de plug in, ou até mesmo um simulador físico do tipo POD, muitos guitarristas não se sentem confortáveis tendo que gravar escutando sua guitarra saindo pelos monitores de audio do estúdio. Então se o guitarrista não está se sentindo a vontade, ele não vai tocar bem, logo a gravação vai ficar pior. Mas muitas vezes, mesmo com o guitarrista gravando com um amplificador microfonado dentro do aquário do estúdio, o engenheiro de mixagem também grava um sinal de linha direto da guitarra para dentro do programa de gravação, para se mais tarde ele sentir a necessidade, poder manipular o som para adicionar ou substituir algumas partes que lhe convirem.































   Antes de chegar ao ponto alto desse post, vou falar rapidamente sobre as vantagens e desvantagens de ambos os equipamentos. Um ponto importante a se comentar é a respeito da praticidade. Usando um simulador qualquer, você precisa carregar apenas um case simples, leve e pequeno que vai acomodar bem a sua pedalaria e dois cabos p10, ao contrário de um amplificador que geralmente é muuuuito pesado (principalmente no final do show ..rs) e no caso dos valvulados, muito sensíveis, necessitando de um cuidado maior.



   De contra partida um amplificador top de linha é uma espécie de "cala-boca" quando alguém tem dúvidas a respeito do som que você tira. Por exemplo, um artista liga contratando seu serviço e pergunta: Você toca com o que !?? E você responde: Eu tenho um Vox AC30, sempre levo ele!! Com essa resposta, o cara não vai te perguntar mais nada, por que a qualidade de um amp desses é incontestável. Mas se você responde: Eu toco com uma BOSS GT-10.. Daí com certeza o cara vai vir com mais perguntas do tipo: E o som é legal !?? Você pluga em linha ou num amp !?? Você liga algum pedal junto pra dar um "gás" no som !?? etc.. etc.. Isso se da por muitos guitarristas não terem sucesso timbrando uma pedaleira, acabando com a reputação de quem se da bem com elas ..rs !


   Depois de muitos anos convivendo com vários guitarristas que usam ambos os equipamentos eu pude perceber que existe uma diferença sim, mas para quem toca !! Ou seja, se o camarada já está acostumado com um amp alto na sua orelha, nunca vai se acostumar com uma pedalaria em linha, e os guitarristas mais novos que começaram tocando num V-amp muitas vezes se enrolam timbrando e entendendo o roteamento de um Amp.


   Mas agora eu pergunto a vocês.. E para quem escuta !? Tem diferença !??



   Tentando responder essa pergunta, eu fiz um teste as cegas para vocês.. Gravei Três trechos de músicas já bem conhecidas no meio dos guitarristas, e cada música tem três tipos de sons diferentes (Chorus, Drive LR e Solo), gravados de maneiras diferentes. Em cada trecho tem uma guitarra plugada num amp microfonado, uma passando pelo meu POD2.0 e uma direto na placa de som usando o plug in Amplitube aleatoriamente. 






   As gravações são simples, e estão sem nenhum tipo de tratamento, apenas ajustei os volumes e insertei um limiter no master fade para dar um volume maior no contexto geral.

   Quem se habilita a identificar o que é o que !???

   Façam suas apostas.. rsrs



   Eu gravei tudo em vídeo e na semana que vem vou editar e postar as "respostas" para vocês.. Um abraço a todos e bom fim de semana prolongado !!! 

6 comentários:

  1. Cara... muito bom seu post, mas deixo meus parabens mesmo é pela guitarra! Guitarra linda da poha!

    ResponderExcluir
  2. De fato pra quem ouve não há significativas, mas minha resposta é
    Guns 1: Pedaleira;
    Iron 2: Amplificador
    Scorpions 3: Plugins de PC

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigado por ter escutado cara.. Mas pra dar um nó a mais na sua cabeça, a coisa é um pouco diferente. Cada música foi gravada com 3 tipos diferentes, por exemplo, no Guns tem uma guitarra que foi microfonada, outra no pod e outra no amplitube.. rsrsrs !

      Excluir
  3. E as respostas?? já usei amplitube e agora estou comprando um POD 2.0

    ResponderExcluir
  4. uso amplitube lgado a 1 amplificador... e to feliz , fica bem peadao

    ResponderExcluir